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O louvor verdadeiro é sinfonia do céu!

Quando os joelhos se dobram, quando as lágrimas deslizam pela face no colóquio íntimo do homem com Deus, quando a alma se sente junto ao seu Criador e um louvor sobe ao trono de glória, os céus param e silenciam. Os anjos se postam em reverência porque o Deus Criador está sendo louvado por uma criatura que fez a boa escolha. A escolha da vida, a escolha da bênção. Uma alma ansiosa por estar com o seu Criador o está louvando. No louvor a alma profetiza, afirma com certeza de fé a sua alegria por estar em comunhão com aquele que a remiu. Desejosa de, fora deste corpo temporal, estar eternamente com o seu Criador, ela canta e antecipa que “Jesus Virá”. É o seu anseio de estar com aquele que a resgatou da dor, do infortúnio do sofrimento eterno.

É que o louvor é a expressão de fé no Deus Criador. Louvor é expressão de vitória. Alma alegre é alma em comunhão com o Deus Criador; é escolha do homem. O que toca ao Deus Criador fazer já está consumado em Jesus, seu Filho, Unigênito. Filho que se deu a si mesmo, para refazer o elo rompido entre a criatura e o Deus Criador em razão das más escolhas. Quando a escolha do homem é estar em comunhão com o seu Deus, a sua alma se alegra. Mesmo que o físico esteja moribundo, a alma feliz canta. É o que resulta da escolha da bênção, é o que resulta da escolha da vida. “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente.” (Deut. 30:19).

O louvor, que é expressão de alegria da alma, não é o louvor como pura criação racional do homem, não é o louvor que resulta da inteligência humana. Não. É sim o louvor que – embora racionalmente colocado em ordem pelo homem – tem origem na eternidade de Deus. É, então, o louvor revelado. Por isso que tanto a alma quanto o louvor, que é expressão da alma, têm uma só origem: a eternidade do Deus Criador. Esse é o verdadeiro Louvor. É o louvor que veio da eternidade e volta à eternidade. É o louvor cantado pelos anjos: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra” (Sal. 103:20). É o louvor cantado pelos santos, pela Igreja Fiel: “Cantai ao Senhor, vós que sois seus santos, e celebrai a memória da Sua santidade” (Sal. 30:4). O louvor verdadeiro é sinfonia do céu!  Ele embala a alma que o canta, e a alma que o canta expressa por meio dele suas alegrias, porque tanto a alma quanto os hinos vieram do Deus Criador e retornam a Ele como expressão de louvor, como expressão de fé no Seu grandioso nome, como antecipação da Vitória na certeza de que, para a Igreja Fiel, breve, breve, breve “Jesus Virá”.  Louvai ao Senhor!

Vila Velha, inverno de 2011
Dr. William Couto Gonçalves (1948-2015)
(Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo)

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